Esgotamento
emocional. Frieza nos contatos interpessoais. Falta de realização pessoal.
Perda dos ideais. Esgotamento. Depressão. Desamparo. Irritabilidade.
Isolamento. Necessidade de psicofarmacos ou álcool. Estimulantes. Perda da criatividade.
Insônia. Dor lombar. Dificuldades na empatia.
Tudo isto, e mais sintomas similares aos de
angústia e depressão, caracteriza o burn-out do profissional, aquele ponto que
a mente já “queimou”, e já não consegue mais digerir as imagens que registra.
Chegou-se a um ponto onde estão acontecendo mais coisas que se pode administrar.
Os fantasmas, o lado escuro ou fraco assusta-se nestas horas é necessário
procurar por algo que possa guiar o entendimento.
A imaginação
pode ser o maior inimigo, produzindo imagens assustadoras, mas igualmente
produzir imagens boas. A intuição, este dom tão esquecido, pode mostrar um
caminho que a especulação e o raciocínio não mais conduz. No trabalho geralmente
ocorre um distanciamento, já que se manter uma intimidade exige disponibilidade.
E nestas horas, ser neutro, sem ser insensível, é complicado. As fronteiras das
relações humanas, para não serem rompidas através da violência, exige manter
uma capacidade de tolerar a frustração.
As pessoas vão,
outros ficam; uns fazem o que você quer, outros, nem tanto. A questão do
relacionamento ideal ou de como deveria ser se apresenta, bem como ter sucesso
profissional, ou que o desempenho individual seja valorizado pelos colegas de
trabalho. O ideal da instituição e versus o ideal pessoal. Ser um profissional
não é um ponto de chegada, não pode ser uma meta de vida. Não é só chegar. O
que conta é o caminho que ser percorre cotidianamente. É o olhar mirando adiante
que mantém o rumo certo. Os projetos impelem à frente. Temos de continuar
sonhando. A realização é continuar o percurso, e expandir para novos espaços. O
prazer vem de colocar em pratica os sonhos, não apenas de sonhá-los.
A realidade é
mais complicada que as teorias. Por este motivo, há sempre novas teorias, correspondentes
a novas observações e percepções. A
primeira, refere ao mundo exterior, a segunda, a mundo subjetivo. Tenta-se ter
a resposta para tudo, explicar o incompreensível de nós e dos outros. Há uma
busca permanente de soluções. Há uma necessidade de soluções enorme, enquanto
que a capacidade real de resolução humana é limitada. Daí se começa a imaginar,
sonhar, delirar por um lado. Fetichizamos as metas, isto é as transformamos em
fim de linha, ponto de chegada. E aí, frustração. Impotência e falta de prazer.
Para ter um baixo risco de burn-out, necessitamos de ter metas reais de vida e
de trabalho. Devemos voltar a ser gente e poder ser nós mesmos. Ser um eu
(self) real, e não a pessoa ideal, ou corresponder a um ideal social, que
usurpa o centro de vida da pessoa.
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